Comitiva de autoridades: vistoria em voçoroca em Planaltina de Goiás

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Jales Guedes Coelho Mendonça, o promotor de Justiça Jean Cléber Zamperlini e o prefeito de Planaltina de Goiás, José Olinto Neto, organizam uma vistoria, com a participação de diversas autoridades, na voçoroca existente na Quadra 2 do Setor Oeste, naquele município.

A visita, que contará com a participação do procurador-geral de Justiça, Benedito Torres Neto, acontece às 9h30, saindo da sede da prefeitura, na Praça Jurandir Camilo Boaventura, Centro. O objetivo é a busca de uma solução definitiva para o grave problema ambiental existente na área urbana da cidade, por meio da liberação dos recursos financeiros necessários.

Entre os convidados estão ministros, secretários estaduais e municipais, representantes dos Legislativos federal, estadual e municipal, além de representantes das Polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, bem como órgãos ambientais, instituições de ensino e representações classistas. Participam das atividades também promotores de Justiça de Goiás e do Distrito Federal.

Histórico

A voçoroca do Setor Oeste, em Planaltina de Goiás, começou a ser formada há mais de 20 anos e, atualmente ocupa cerca de 3 km de extensão, e avança para o centro da cidade, apresentando largura de mais de 30 metros e profundidade superior a 35 metros. Segundo informações da 10ª Companhia do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás em Planaltina, que monitora permanentemente a área de risco, a voçoroca tem aumentado consideravelmente, desde o início deste ano. Entre 2005 e 2006, um aposentado e uma criança morreram no local.

A corporação cadastrou 97 residências, que margeiam a erosão, havendo mais de 400 famílias atingidas ao longo de sua extensão. Também corre risco a edificação do Hospital Nossa Senhora da Abadia e a cadeia pública da cidade, instalados a poucos metros da voçoroca. Em 2007, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) enviou à prefeitura um laudo de vistoria técnica que declarava estado de alerta no local. Mais recentemente, a partir de laudos da Defesa Civil, a prefeitura pediu que fosse decretada situação de emergência no município, o que acabou sendo reconhecido pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, que colocou a erosão na lista de prioridades de destinação de recursos federais para a recuperação e reconstrução da área afetada.

Conforme explica o promotor de Justiça Jean Cléber Zamperlini, o MP tem se dedicado ao assunto, com a realização de estudos técnicos, expedição de recomendações e notificações para a retirada de moradores das áreas com maior risco e para solução do problema. Segundo o promotor, a remoção das famílias está em curso, mas a prefeitura, embora empenhada, alega não ter condições financeiras para, sozinha, recuperar o dano.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MP, Jales Guedes Coelho Mendonça, portanto, pretende mobilizar e articular as parcerias necessárias entre os governos federal, estadual e municipal, para fins de liberação dos recursos financeiros necessários. A destinação desses recursos deverá possibilitar a adoção de todas as medidas possíveis para reverter o dano que, para o promotor de Justiça, é o maior problema ambiental urbano do Estado. (Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social)

Fotos Voçoroca avança em direção ao centro da cidade